Cinema, Crítica de Filme

Durval Discos | Crítica

A versão remasterizada em 4K de Durval Discos está disponível na Sessão Vitrine Petrobrás, conta a história de um homem solitário que vive em um antiquário de discos de vinil pouco frequentado pelas pessoas. Confira a crítica completa.

Durval Discos é um filme brasileiro de 2002, dirigido por Anna Muylaert (Que Horas Ela Volta?), conta a história de um homem solitário que vive em antiquário de discos de vinil pouco frequentado pelas pessoas. 

Um dos aspectos positivos do filme é a sua atmosfera nostálgica e a maneira como retrata a paixão de Durval (Ary França) pela música. A escolha de ambientar a história em uma loja de discos cria um cenário único, que mostra uma sensação de saudosismo, pelos tempos em que as pessoas pareciam ter uma conexão mais profunda com a música. Além disso, a trilha sonora é composta por uma excelente seleção de músicas brasileiras, o que contribui para a identidade do filme.

A trama se inicia com Durval e sua mãe, Carmita (Etty Fraser) que moram no fundo de uma loja de discos de vinil, a Durval Discos. Para ajudar sua mãe em casa com as tarefas domésticas, o protagonista contrata uma empregada, chamada Célia (Letícia Sabatella) que cobra apenas R$100,00 por mês, e ainda é uma ótima cozinheira, porém ela desaparece e deixa para trás uma criança de 5 anos e um bilhete dizendo que volta em dois dias. Durval e sua mãe descobre uma notícia no jornal em relação a Kiki e Célia que transforma toda a atmosfera do filme.

Embora seja um bom suspense, porém ele tem algumas modificações quanto à narrativa e ao desenvolvimento dos personagens, que prejudicam alguns pontos. O filme tende a se arrastar em certos momentos, perdendo o ritmo e até se tornando um pouco repetitivo. Além disso, a falta de conflitos  profundos e a ausência de um arco de desenvolvimento claro, para os personagens principais podem deixar o espectador querendo mais.

Outro ponto que poderia ser explorado de forma mais significativa é o ambiente social e cultural da loja de discos. Embora o filme mostre alguns clientes excêntricos e situações engraçadas, faltam reflexões profundas sobre a importância desses espaços para a comunidade e para a preservação da cultura musical.

No geral, Durval Discos é um filme que cativa pelo seu ambiente nostálgico para algumas pessoas e sua trilha sonora, mas peca pela falta de ritmo e desenvolvimento dos personagens. Apesar de suas falhas, é experiência agradável para os amantes de música e para quem curte um bom suspense.

Nota: 3/5

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