Cinema, Crítica de Filme

Mussum: O Filmis | Crítica

“Filmis” que conta não só a história do icônico comediante Mussum, mas também como o homem por trás do personagem, Antônio Carlos Bernardes Gomes. Confira a crítica completa.

Crédito: Desireé do Vale

Dirigido por Sílvio Guindane (Casamento a Distância), o longa consegue com maestria contar a história de como Antônio Carlos Bernardes, se tornando Mussum, e sua trajetória até alcançar o conhecimento pelo Brasil. A direção impecável mostra o humorista em várias etapas de sua vida: criança, adulto e artista.

O início da trama mostra a relação entre a mãe, Malvina (Cacau Protássio) e Carlinhos (Thawan Lucas. Sua mãe sempre se preocupou com o futuro de seu filho, ela quer que ele se torne alguém na vida, escolhendo uma boa profissão.

Antônio Carlos (Yuri Marçal)  consegue um emprego no exército, conseguindo o orgulho da mãe. Ele ingressa em um grupo de samba, onde toca reco-reco, escondido da matriarca. Ele é bem sucedido e começa a tocar com Elza Soares, a primeira a dizer que ele seria um ótimo humorista, mas seu coração pertencia até aquele momento, no samba. 

A partir das turnês, digamos assim, ele enfim revela seu desejo à mãe, que o acolhe neste momento, esses detalhes focam na figura humana antes do humorista.

Na fase adulto ele é interpretado de maneira majestosa pelo Aínton Graça. Ele continua na música, com seu grupo participando de um programa de televisão da TV Globo, e naquelas ironias do destino, ele substitui um ator que faria uma cena com Grande Otelo, a pedido do grupo.

Crédito: Desireé do Vale

Durante essa substituição, Grande Otelo que apelida ele como Mussum, pois diz que vem do mesmo nome do peixe Muçum, que é preto e liso. No começo ele não gosta, mas o nome pega e todos o chamam assim. A partir disso, ele tem a porta de entrada no ramo humorístico e tenta conciliar isso com a sua vida na música.

Ele começa a ganhar reconhecimento trabalhando com o Chico Anísio (Vanderlei Bernadino) na Escolinha do Professor Raimundo e depois com Renato Aragão (Gero Camilo), Dedé Santana (Felipe Rocha) e Zacarias (Christiano Torreão) em Os Trapalhões, onde realmente ficou conhecido pelo Brasil inteiro.

Acontece várias reviravoltas em sua vida, principalmente o fato de sua mãe (Neusa Borges), que já estava de idade, ter sofrido um infarto e estar bem doente, porém sua esposa Neila (Cinnara Leal) fica sempre ao seu lado.

A atuação de Aílton Graça (Galeria Futuro), é brilhante. Ele consegue capturar com maestria os trejeitos e o jeito único do Mussum, mantendo a essência do personagem vivo em cada cena. Também fica destaque tanto para Cacau Protássio (O Porteiro) e Neusa Borges (Barba, Cabelo e Bigode) que interpretam de maneira emocionante sua mãe. 

Crédito: Desireé do Vale

Além disso, o roteiro é elaborado, mesclando momentos engraçados e emocionantes, o que nos leva a refletir sobre sua trajetória, desde a infância humilde até o sucesso no grupo Os Trapalhões.

A direção de Sílvio Guindane também merece destaque. Ele soube conduzir o filme de uma maneira envolvente, explorando os diferentes aspectos da vida de Mussum sem deixar que a narrativa perdesse o ritmo.

O filmis é uma grande homenagem ao talento e à história do humorista. Com uma atuação impecável, um roteiro bem construído e uma direção habilidosa, o filme nos proporciona momentos de riso, nostalgia e reflexão. É uma obra que encanta e emociona, conquistando tanto os fãs antigos quanto aqueles que estão conhecendo a figura de Mussum pela primeira vez.

Nota: 5/5

Contato: naoparecemaseserio@gmail.com

Não Parece Mas É Sério

Youtube: Canal do Youtube – Não Parece Mas É Sério

Facebook: facebook.com/naoparecemaseserio

Instagram: @naoparecemaseserio

TikTok: @naoparecemaseserio 

Deixe um comentário