A união dos curtas em Elas por Elas em histórias diferentes, fortes e principalmente, explorando todo o elenco em cada história. Confira a crítica completa

O drama é composto por sete segmentos curtos, onde vamos conhecer as histórias inspiradoras e empoderadoras dirigidas por um grupo diversificado e internacional de mulheres cineastas, e acontecem em todo o mundo. “Aria”, de Silvia Carobbio, “Elbows Deep”, de Catherine Hardwicke, “Pepcy & Kim”, de Taraji P. Henson, “A Week In My Life”, de Mipo Oh, “Lagonegro”, de Lucía Puenzo, “Unspoken”, de Maria Sole Tognazzi, e “Sharing a Ride”, de Leena Yadav.
A direção geral, digamos assim, não existe, então as histórias não estão interligadas e não há uma trama principal, cada diretora conta a sua forma a narrativa, como começo, meio e fim, o destaque inicial fica pela força feminina que vemos. Além de diretoras, atrizes e equipe de mulheres, até as histórias bases, são de mulheres.
As atuações principalmente nos primeiros curtas são intensas e as melhores, Jennifer Hudson em um papel solo, repleto de camadas e com interações que surpreende. Cara Delevingne com uma personagem que esbanja realidade e carisma.

Em todos os curtas há como encontrar algo quanto a atuação, exceto na animação que ‘encerra’ o filme, não temos uma arco narrativo marcado, no restante há emoção a todo momento, mesmo nos respiros entre um e outro, a carga dramática sempre é mantida elevada.
A diversidade de assuntos se destaca por não focar em algo maculino ou feminino, são assuntos ou temas distintos, todos fortes e de relevância. Transitando entre histórias, sem se preocupar em deixar algo para a próxima.
A única similaridade que encontramos é a forma de sempre filmar de perto, de trazer os personagens para os planos próximos e sempre deixar as atuações falarem por si, com arcos dramáticos presentes, mas principalmente inesperados, já que há uma sequência clara entre os curtas.
Esse excesso combina bem com essa estrutura, pois quando pode cansar o espectador, ele se encaminha para o seu final, ou há uma troca de ato no própria curta, porém as escolhas para os últimos curtas não foi acertada, há uma quebra de ritmo e uma animação que destoa do restante, por sair da realidade.

Mesmo com histórias variadas e com temas diversos, há as tramas que colocam a realidade feminina com algo importante, como Week In My Life de Mipo Oh, que traz toda a rotina extenuante de uma mãe que trabalha, cuida da casa e tem dois filhos.
Também reserva tempo para trazer as relações familiares, e a sociedade que impõe à mulher que ela deve ser mãe, para ser completa, como vemos em Lagonegro de Lucía Puenzo. Como essas relações familiares podem sim alterar suas decisões futuras.
Elas Por Elas é uma experiência cinematográfica, seja pelo seu leque de histórias, pelas atuações ou pelas histórias cheias de realidades que vemos.
Nota: 4/5
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