Cinema, Crítica de Filme

Vadio | Crítica

Filme português disponível na Mostra de cinema internacional de São Paulo tem história agradável com uma abordagem autêntica. Confira a crítica completa.

Vadio é dirigido por Simão Cayatte (A Sibila) uma obra bastante ambiciosa e peculiar que nos transporta para o submundo de Lisboa através de histórias interligadas. No entanto, apesar de seu conceito interessante, a execução não não segue o mesmo caminho.

O longa conta a história de André (Rúben Simões), de 13 anos, que vive sozinho com o pai no que parece ser uma cidade do interior. Certo dia, seu pai diz que precisa ir à cidade e chama seu filho para ir junto, porém o deixa em um centro social e abandona seu filho, ele foge e volta para sua casa, sozinho.


André bate na porta da única vizinha que tem por perto, uma mulher chamada Sandra (Joana Santos), com esperança dela conseguir ajudar ele a encontrar o pai ou então ajudá-lo. Quando se percebe a história dos dois está interligada e a criança tenta descobrir os mistérios sobre a mulher.

Os protagonistas, sendo jovens vadios, poderiam ter sido explorados de forma mais profunda, permitindo ao público entender melhor suas motivações e histórias de vida. Infelizmente, seus arcos narrativos são pouco explorados, limitando seu envolvimento emocional com eles.

A narrativa fragmentada do filme dificulta a compreensão da história em alguns momentos. Os diversos enredos interligados podem se tornar confusos, e é fácil perder o fio condutor entre eles. Uma estrutura coesa e clara ajuda o espectador em determinados atos.

Vadio tem em sua direção uma estética visual bastante interessante, capturando a simplicidade da cidade de uma forma única. 

O filme possui uma premissa interessante, mas falha em sua execução. A história é cativante, mas não foi bem desenvolvida e deixa a desejar no final, em sua finalização. No entanto, é importante valorizar a ambição e a originalidade da obra, que se destaca pela sua abordagem fora dos padrões convencionais do cinema português.

Nota: 3/5

*Filme visto na 47º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

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