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Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso | Crítica

O roteiro usa os superfilhotes para tratar de questões importantes em uma sociedade. Confira a crítica completa.

A Patrulha Canina está de volta para mais uma missão. Após um meteoro cair misteriosamente na Cidade da Aventura, os filhotes liderados por Ryder ganham superpoderes. Os agora Super Filhotes se unem para lutar contra o Prefeito Humdinger e Victoria Vance, o antigo inimigo dos filhotes e a cientista maluca, que tentam roubar seus superpoderes e dominar a cidade.

Dirigido por Cal Brunker, o segundo filme da Patrulha Canina acerta mais uma vez em não ser apenas para as crianças, mas para toda a família. O roteiro de Bob Barlen e Cal Brunker oferece uma pluralidade de temas, caindo no perigo de não concluir todos eles, porém, o roteiro da dupla não brinca com a inteligência das crianças e oferece uma resolução para cada um dos arcos narrativos propostos, podendo ser classificado como um roteiro primoroso.

Enquanto o primeiro filme da Patrulha faz um mergulho nas origens de Chase, agora é a vez de Skye, a menor filhote do grupo, enfrentar o passado para conseguir usar seus poderes e defender a cidade ao lado dos amigos. A superação de Skye, sendo tão pequena frente a um desafio tão grande, é um ponto que atrai as crianças na luta contra a superação de seus medos. 

Com certeza, também agrada ao público em geral saber mais sobre as origens dos filhotes e espera-se que os próximos filmes revelem os passados de Marshall, Rubble, Rocky e Zuma, porém, o trabalho para não criar histórias repetitivas ou batidas para cada um deles será um desafio.

Outro acerto é em relação ao acréscimo de três novos personagens, os aspirantes a patrulheiros mirins: Nano, Tot e Mini. Os três filhotinhos são treinados por Liberty para fazerem parte da equipe. Além de muito fofinhos e engraçados, eles também são fundamentais para a solução da missão. 

No mundo real, os problemas ambientais como poluição atmosférica, aquecimento global, desmatamento e queimadas; preocupam a sociedade e aumentam a cada dia por causa da irresponsabilidade de governos, políticos, autoridades, indústrias, que não tomam as ações necessárias para defesa do meio ambiente. Essa questão é muito bem representada no filme pelos vilões: ex-prefeito Humdinger e Victoria Vance, a cientista maluca. Na animação, os inimigos da Patrulha querem manipular os elementos da natureza para obterem poderes e dominarem a cidade, mesmo com elementos fantásticos, você irá encontrar algumas semelhanças com o mundo real.

A versão brasileira de dublagem enriquece ainda mais a experiência do espectador. A escalação do elenco de atores foi perfeita, encaixando-se muito bem os perfis das vozes aos personagens e sendo a interpretação de cada um deles, outro destaque positivo. Fazem parte do time de dubladores nomes como: Ítalo Luiz, Gaby Milani, Vyni Takahashi, Faduli Costa, Aline Whirley e Igor Rickli.  

“Nenhum adulto é tão grande e nenhuma criança é tão pequena”.

Nota: 5/5

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