O novo super-herói da DC, Besouro Azul, traz emoção, ação e comédia na medida certa. Confira a crítica completa

Dirigido por Angel Manuel Soto, e protagonizado por Xolo Maridueña (Cobra Kai), este filme vai além do que pensávamos, visto que haviam suposições sobre seu cancelamento em 2022 após a Warner Bros Pictures cancelar BatGirl (com as gravações já concluídas) e outros programas (Séries e filmes) na HBO Max, mas agora vemos que foi um grande acerto mantê-lo.
O filme conta a história de Jaime Reys (Xolo Maridueña), que após retornar da faculdade para a cidade onde a família vive, descobre que estão prestes a perder tudo, e seu pai está com a saúde abalada após um infarto, e agora ele precisa desesperadamente de um emprego, o que o faz se aproximar de Jenny Kord (Bruna Marquezine), sobrinha da magnata Victoria Kord que lidera uma empresa de tecnologia e armamento.
Após um grande mal entendido (conveniências descaradas do roteiro), Jaime agora é o hospedeiro de uma tecnologia alienígena extremamente valiosa para as Indústrias Kord, que planejam neutralizá-lo para terem a poderosa arma de volta.
Diferente do mais recente filme de herói da DC, The Flash, este agora tem bons efeitos especiais e cenas de luta emocionantes. Além de uma boa fotografia e uma narrativa linear, a trilha sonora remete a cultura mexicana a qual o filme se apoia, o que é um bom feito.
Apesar de por muitas vezes esteriotiparem a família mexicana que fugiu para os Estados Unidos, é muito bom ver uma representatividade latina tão forte em um grande filme como este, principalmente quando as referências à Chapolin e Maria do Bairro, grandes sucessos não só no México, mas também no Brasil, são colocadas em evidência de forma inteligente e muito cômica.

O filme consegue construir bem uma típica jornada do herói: um garoto comum que recebe uma “chamada” para a aventura, apesar de recusar a princípio; constrói inimigos fortes; sofre uma grande perda; aceita seu destino; acaba com a ameaça e assume um relacionamento romântico.
As atuações dos protagonistas Xolo e Bruna são ótimas, passando a emoção necessária para os telespectadores e construindo uma evolução para seus personagens de forma natural ao longo de 2 horas e 7 minutos, mas por vezes quem rouba a cena são os coadjuvantes George Lopez (Rudy Reyes), Belissa Escobedo (Milagro Reyes) e Adriana Barraza (Nana Reyes), que são o grande alívio cômico, além de Raoul Trujillo (Carapax) que se torna o grande antagonista.
Assistir ao filme legendado e de repente ouvir a Bruna Marquezine falando uma frase de efeito em português, é no mínimo emocionante, visto como isso é representativo para nós mundo a fora.
No fim, o escaravelho Khaji-Da (que recebe a voz de Becky G) e Jaime se conectam e se tornam um herói só, e percebem que apesar de tudo que passaram, eles não querem se tornar assassinos, poupando o máximo de vidas possíveis dos vilões, sendo uma grande lição para os telespectadores.
Este é um ótimo filme de herói, que pode ser visto e apreciado por pais e filhos, e que sabe equilibrar bem todas suas qualidades e pequenos defeitos, que passam despercebidos por muitas vezes.
Confira também o conteúdo das 2 cenas pós-créditos.
Nota: 4/5
Contato: naoparecemaseserio@gmail.com
Youtube: Canal do Youtube – Não Parece Mas É Sério
Facebook: facebook.com/naoparecemaseserio
Instagram: @naoparecemaseserio
TikTok: @naoparecemaseserio
2 comentários em “Besouro Azul | Crítica”