Gatos No Museu não se arrisca no roteiro e deixa a desejar visualmente. Confira a crítica completa.

Dirigido pelo russo Vasiliy Rovenskiy, Gatos no museu é uma animação infantil que até se assemelha um pouco ao famoso desenho Masha e o Urso, (em questão da animação em si e uma história divertida, porém rasa), coincidentemente do mesmo país.
Protagonizado pelo gatinho ruivo “Vincent”, está animação traz muitas referências à pintores e épocas marcantes para a história da arte, assim como cenários reais da Rússia, o que é um ponto muito positivo para os adultos que vão acompanhar seus filhos na sessão e gostam de cultura no geral, porém nada além disso realmente chama atenção de pessoas mais velhas, diferente de outras animações que atingem todos os públicos, como Meu Malvado Favorito, Shrek e quase todas da Disney Studios.
É difícil para um adulto julgar o que crianças gostam, porém é certo que este filme pode ser divertido para crianças de 8 anos pra baixo, mas para crianças mais velhas ele não atinge o objetivo, com uma comédia rasa e um roteiro muito previsível.

É curioso como esta narrativa é inspirada em um fato real: “O edifício que agora abriga o maior e mais famoso museu do país tem gatos a seu serviço desde o reinado da imperatriz Isabel Petrovna. Em 1745, ela emitiu um decreto ordenando que 30 felinos para a caça de roedores fossem trazidos de Kazan. A partir de então, gatos passaram a proteger as galerias de arte e adegas do palácio (o Hermitage tem quase 20 quilômetros delas) de ratos e camundongos durante a invasão napoleônica, a Revolução Bolchevique e também sob o domínio soviético. Curiosamente, agentes químicos foram usados contra ratos em momentos diferentes, mas isso não resolveu o problema. Os gatos apresentaram os melhores resultados. – Anna Sorôkina, para o jornal online Russia Beyond.
Visualmente a animação deixa a desejar, visto que tudo parece um pouco “robótico”, algo raro de se ver em produções animadas em 2023, mas isso não impacta realmente na experiência, porém é um ponto negativo a mais somado a muitos outros, que podem tornar um filme divertido, em algo cansativo.
A receita da animação infantil estava feita: um protagonista com um melhor amigo improvável (Maurice), um par romântico (Cleopatra), um grupo ingênuo que segue um líder que no fim se mostra vilão, e um final feliz para todos. Mas não soube aproveitar tão bem os 83 minutos que teve, focando em cenas repetitivas e sem um real propósito para a história.
A diversão pode vir em pequenos momentos, mas no fim a soma das partes não gera um resultado tão positivo quanto o esperado.
Nota: 2/5
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