O novo filme da franquia Megatubarão traz novas ameaças para os protagonistas, mas perde o foco da narrativa. Confira a crítica completa.
Megatubarão 2 traz de volta Jason Statham como Jonas no papel principal, mas muda o diretor para Ben Wheatley (o filme anterior havia sido dirigido por Jon Turteltaub), além de várias novas ameaças desconhecidas que vivem sob águas não exploradas.
É interessante como os primeiros minutos do filme se passam 65 milhões de anos atrás, mostrando que o Megatubarão sempre foi o maior predador, derrotando facilmente o Tiranossauro Rex.
No presente, descobrimos que Suyin (Li Bingbing) morreu, deixando o protagonista sem um par romântico, sem nenhuma explicação ou conversas sobre essa perda tão grande pro elenco principal, e agora seu irmão Jiuming (Wu Jing) está no comando da base de pesquisas marinhas.
Depois de uma apresentação rasa sobre os novos personagens, rapidamente conhecemos os três Megatubarões, que decidem caçar em grupo, sendo um deles o maior de todos já visto pelo ser humano. E apesar dessa premissa já ser o suficiente para levar o filme pra frente, eles decidem adicionar mais três ameaças: um grupo sabotador que utiliza materiais da base para mineirar metais no fundo do oceano, uma lula gigantesca e vários répteis jurássicos aquáticos que também podem andar pela superfície.

A fotografia e o CGI são bons, se assemelhando aos animais vistos em Jurassic World, conseguindo prender o telespectador em um suspense com monstros quase parecidos com a realidade. A trilha sonora é pontual e certeira, oscilando entre ação e comédia facilmente, mas os personagens ficam sem aprofundamento e muito esteriotipados – como o fortão que no fundo tem um coração mole, o alívio cômico que se safa pela sorte, a garotinha que parece indefesa, mas na verdade é muito corajosa e o vilão espanhol característico.
Toda a ameaça da narrativa se passa em um único dia, o que seria humanamente impossível de derrotar em tão pouco tempo, mas os protagonistas dão um jeito de acabar com todos os vilões utilizando conveniências do roteiro.
Esse é um bom filme de ação e aventura pra quem gosta dos mistérios das profundezas, dos monstros gigantescos que imaginamos existir abaixo de nós e estão presentes em vários mitos, mas que não sabe no que focar, criando vários novos vilões e soluções inusitadas que parecem sair de um videogame.
Nota: 3/5
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