Filme não aprofunda seus temas, e traz personagens rasos em uma trama comum. Confira a crítica completa.

O filme O Convento, dirigido por Christopher Smith, é uma junção de elementos de suspense, horror e mistério que deixa a desejar em sua execução. A trama começa quando Grace (Jena Malone) é informada da morte de seu irmão Padre Miguel (Steffan Cennydd), perto de um convento na Escócia. Não confiando nas diversas versões dadas pelas freiras do convento, Grace decide investigar a morte do irmão por conta própria, e acaba descobrindo histórias de seu passado envolvendo sacrifícios, assassinatos e uma história arrepiante sobre sua infância. O roteiro possui uma trama que deveria encantar quem assiste, mas a narrativa não consegue envolver o espectador de forma satisfatória.
Um dos principais problemas do filme é a falta de desenvolvimento dos personagens. Eles são superficialmente apresentados ao público e não há tempo suficiente para que o espectador crie qualquer tipo de conexão com eles. Isso dificulta a imersão na história e torna difícil se importar com o que acontece com esses indivíduos. Além disso, suas motivações e reações a situações de perigo são inconsistentes, o que acaba prejudicando a credibilidade da trama.
Outro aspecto negativo do filme é a ausência de originalidade. A história se apoia em clichês do gênero, e não traz elementos que poderiam diferenciá-lo de outros longas do mesmo estilo. A falta de inovação faz com que o filme seja previsível, tirando qualquer surpresa ou impacto dos eventos que ocorrem ao longo da narrativa.

Além disso, o roteiro apresenta vários momentos confusos e inconsistências que afetam a lógica da história. O espectador é levado a várias reviravoltas e informações desconexas, tornando difícil entender o que está acontecendo e por que. Isso compromete a coesão narrativa e acaba deixando mais questões em aberto do que respostas.
A direção de Christopher Smith não consegue salvar o filme. Apesar de alguns momentos visualmente interessantes e bem filmados, a falta de substância do roteiro e a falta de desenvolvimento dos personagens são falhas que não podem ser superadas apenas pela técnica. Smith tenta criar uma atmosfera de suspense, mas acaba caindo em armadilhas do gênero e entregando um produto genérico.
Em suma, O Convento é um filme que promete muito, mas entrega pouco. Com personagens rasos e uma trama pouco original e confusa, o longa não consegue envolver e satisfazer o espectador. Apesar de alguns acertos técnicos, o resultado final é decepcionante e não vale o tempo investido para assisti-lo.

Nota: 2/5
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