Em uma narrativa que mistura três pontos de vista na mesma linha histórica. Três Mulheres: Uma Esperança mostram uma lição de empatia e convivência. Confira a crítica completa.

Durante a segunda guerra mundial, diversos povos mudaram sua forma de convivência, e quando ela finalmente acaba, eles precisam deixar as diferenças de lado, porém não é tão simples assim.
As três mulheres do título são a atiradora soviética (Eugénie Anselin), a aldeã nazista (Anna Bachmann) e a matemática sobrevivente (Hanna van Vliet), que se juntaram ao final da guerra, mas todas tem os traumas e as descofianças, e cada uma tem seus motivos, para confiar ou não uma nas outras.
O longa que começa bem, tem alguns problemas para conduzir sua história, já que não se preocupa com algumas tramas para dar prosseguimento e ritmo à narrativa, e pula etapas claramente.
Ao conhecermos as três protagonistas, temos três tramas intensas, até mesmo heterogêneas, principalmente quando conhecemos seu passado e presente. Um exemplo é o marido da matemática, onde ela precisa sobreviver a todo custo, mas ele a traz de volta, quando há exageros.

Esses traços de personalidade tão fortes no início, começam a se perder e não constroem os pontos pertinentes que um longa como esse precisa. Ele é até leve e sutil em alguns atos.
Aos menos, temos uma fotografia e cores que trazem os sentimentos de cada cena, e temos boas cenas do passado de cada uma, principalmente da atiradora, e como elas se ‘uniram’ e colocam seus pontos de vista na mesa.
Essa falta de profundidade, e de usar a história a seu favor, para aumentar ou diminuir responsabilidade de personagens, não afeta o espectador, e como ele foca nas relações e não no todo, o filme passa sem sustos.
Três Mulheres: Uma Esperança é um filme de relações, mas o pano de fundo dele tem espaço pra mais, porém ele não vai além, sendo apenas um longa estabelecido em uma época histórica.
Nota: ⅖
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