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Ruby Marinho – Monstro Adolescente | Crítica

Esta é uma ótima animação pra ver com a família, além de trazer boas reflexões sobre o amadurecimento. Confira a crítica completa.

Ruby Marinho – Monstro Adolescente, é a nova animação da DreamWorks e Universal Studios, que traz para as telonas uma história sobre adolescência, amadurecimento e auto conhecimento, com os protagonistas sendo Krakens que vivem escondidos entre os humanos devido aos problemas do passado, que até então permanecem em segredo para Ruby.

Dirigido por Kirk DeMicco, mesmo diretor de Os Croods, esta animação pode soar um pouco familiar com “Red – crescer é uma fera” (Disney) no início, com uma garota que se torna um “monstro” sem nem desconfiar de sua origem, e agora precisa aprender a lidar com sua transformação física, sendo que apenas mulheres da família recebem esse “dom”. Mas ao decorrer do filme, a história é completamente outra, focando na jornada de autodescoberta de Ruby, que assume a responsabilidade de salvar o oceano da guerra entre Krakens e Sereias.

Diferente da maioria das animações, esta insere características tecnológicas marcantes da nossa sociedade atual como parte importante para a narrativa, como as redes sociais e as lives que acabam destruindo a (pouca) confiança que Ruby tem em si mesma.

A dublagem brasileira foi impecável ao inserir gírias e expressões do nosso país, principalmente usada por adolescentes, como “oi sumido” e “lacra”, que faz o público alvo se sentir imerso no longa, além de chamarem Chelsea (Giovanna Lancellotti) de “pequena sereia”, como uma brincadeira que pode provocar a concorrência de forma inteligente. Agatha Paulita empresta brilhantemente sua voz a personagem principal, que na versão original é feita por Lana Condor.

A trama não é algo completamente inovador, mas mesmo assim sabe divertir o público infanto-juvenil da maneira certa, sem enrolação, conduzindo o espectador no tempo correto para as reviravoltas, que podem ser óbvias para os adultos desde o começo, mas não atrapalham a experiência.

Ao final, vemos como todos os problemas foram resolvidos usando o trabalho em equipe e os superpoderes (que até incluem olhos laser), encerrando a trama com Ruby indo combater problemas rotineiros do mar, que pode ser um gancho pra uma continuação.

Um fato comum que vemos em quase todos os filmes que abordam hormônios adolescentes, é a desavença existente entre uma mãe superprotetora e sua filha rebelde, que pode soar como clichê, mas que é importante ao final para mostrar as crianças algo que todos os adultos ensinam aos filhos.

É muito difícil apontar falhas para um filme que atende as expectativas de seu público alvo e sabe como inserir narrativas atuais importantes e a diversidade de forma divertida e leve; além de ser visualmente atraente, com um estilo cartunesco, colorido e vibrante. No geral, Ruby Marinho soube colocar uma narrativa criativa em cima de uma mitologia já conhecida, quebrando os padrões de “monstros” que conhecemos.

Nota: 4/5

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