Resgate 2 investe na ação, porradaria e cenas que impressionam. Faltou apenas pensar nos diálogos. Confira a crítica completa.

A franquia de ação Resgate, foi uma dessas inúmeras tentativas da plataforma de streaming, em construir um universo em volta de um personagem ou narrativa. O primeiro longa dirigido por Sam Hargrave em 2020, chamou a atenção da crítica e público, com cenas filmadas com proximidade, grandiosidade nos combates e o protagonismo de Chris Hemsworth, o Thor do universo Marvel.
O novo longa traz Tyler de volta dos mortos, para outra missão suicida, e temos enfim, o tal vislumbre da construção de franquia que a Netflix desejava. O roteiro escrito pelo pelo diretor, explora outras pontas, faltou apenas diálogos mais apurados.
A ação é novamente o ponto alto, do jeito que conhecemos da primeira missão de Rake, com mais usos de cenários, em novas formas de vermos estes personagens nas brigas. Novamente tudo apurado, com dinamismo que se destaca a cada novo encontro.
A história também mantém o passado doloroso de Tyler, mas ele expande não só os detalhes disso, como o passado de sua equipe e quem o rodeiam, abrindo para mais possibilidades para as sequências que devem vir (Resgate 3 está em desenvolvimento).

Estes excessos de exercícios, lutas e troca de tiros, prejudicam os diálogos que poderiam ser a ponte do drama, ou só a ligação entre pontos e personagens, porém são genéricos e são basicamente respostas ao meio. Havia criatividade para mais.
As sequências de ação e as lutas coreografadas, não só usam toda a envergadura de Chris, como a sua facilidade de mudar de posição e continuar no plano central. E sim, o plano sequência é ótimo.
Como qualquer franquia de ação, Resgate viaja pelo mundo para novas locações, e incorpora novas tramas, algo que Missão Impossível faz tranquilamente.
Resgate 2 assim como o seu primeiro filme, é cinema de ação de primeira linha. E o “Resgateverso” vem por aí, pode anotar.
Nota: 4/5
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