O segundo filme de Através da minha janela se baseia em cenas quentes e um roteiro que não sabe no que focar. Confira a crítica completa.
Marcal Fores assume a direção, assim como no 1º filme, baseando-se na história de Ariana Godoy (publicada inicialmente no WattPad) com Clara Galle (Raquel) e Julio Peña (Ares) protagonizando jovens adultos que agora estão na faculdade e vivem um relacionamento a distância, que se baseia apenas em sexo virtual e mensagens emotivas de saudades.
Quando as férias chegam, Raquel e Ares vão aproveitar o verão na casa de praia da família dele, e é lá que tudo começa a dar errado. O filme não sabe exatamente no que focar e coloca várias subtramas para passar o tempo, seja a vontade de Daniela (Natalia Azahara) de viver um trisal, Artemis (Eric Masip) que não quer assumir sua namorada para a família, Ares que nem sabe se traiu Raquel ou não com sua colega de classe, e por ai vai.
Quase toda cena em que o casal principal está junto, são cenas de nudez, sem nenhuma conversa séria e madura que poderia ter resolvido todos os problemas. Os dois escondem segredos e aparentam estar infelizes, e se contentam em apenas fingir que nada está acontecendo.
A grande reviravolta se deve a morte inesperada de Yoshi (Guilherme Lasheras), melhor amigo de Raquel, após sofrer um acidente de moto enquanto fugia de inimigos feitos no banheiro de uma floresta, a caminho de um farol para encontrar a garota que gosta dele. De uma forma mal construída e sem um grande contexto por trás do acontecimento, esta perda marca o fim do casal principal com ofensas e culpabilizando um ao outro pela morte de Yoshi.
A atuação de todo o elenco é mediana, visto que o filme se sustenta mais na química de Clara e Julio e suas cenas de pegação. A fotografia é linda, cenários paradisíacos, com foco no mar que nomeia o título.
Por fim, Ares volta para Estocolmo estudar medicina, e se arrepende da forma que tratou a ex namorada, enquanto Raquel recebe um email que a editora quer publicar seu romance. No pequeno teaser que vemos antes dos créditos, vemos que os dois se reencontrarão no próximo filme “Através da minha janela: olhos nos olhos”, que poderá, assim como este filme, romantizar um relacionamento problemático para um público muito jovem.
Sem um roteiro decente e nenhum momento extraordinário, o filme se encerra sem grandes surpresas, com o típico clichê de triologia de romance, onde no 2º filme uma terceira pessoa entra na vida do casal principal para balançar a relação que já é frágil.
Nota: 1/5
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Não Parece Mas É Sério 