Cinema, Crítica de Filme

Tinnitus | Crítica

Tinnitus usa a dor de uma atleta para explorar nuances humanas e relacionamentos profissionais e pessoais. Confira a crítica completa.

O filme dirigido por Gregório Graziosi conta a história de Maria (Joana de Verona) que precisa abdicar da vida de atleta após uma lesão grave no ouvido, que a deixa com a sensação de sempre ter um zumbido.

Um exemplo recente de um bom uso do som, como mais um elemento narrativo é Um Lugar Silencioso (2018), mas o roteiro desse filme, vai além trazendo elementos humanos e principalmente as relações da protagonista com os seus pares.

Isso traz ao filme, uma atmosfera contemplativa e lenta, já que temos os olhares da protagonista ao que a cerca e como ela vai lidar com os elementos que vem a seguir. 

A linearidade aqui traz uma abertura interessante para uma fotografia espetacular, que privilegia os movimentos saltos sincronizados, mas as novas relações e buscas pessoais ficam também com o seu espaço.

Isso que se inicia bem, faz com que a história perca força aos longos dos atos, principalmente quando o problema auditivo já não é tão importante. Focar no lado humano funciona, porém o que nos fez assistir Tinnitus se perdeu.

Inclusive essa falta nos faz perceber como há algumas sugestões de elementos para falar de pressões. De como temos que lidar com diversas formas de dor, internamente e externamente.

Joana é o grande destaque na atuação, entretanto a equipe que a envolve, seja os membros do nado sincronizado ou da seu lado pessoal, como a tentativa de engravidar, tem uma química intensa e uma troca que inova a cada nova cena ou ato.

Tinnitus não é o filme que vai te surpreender e te transportar para um novo local, pelas abordagens de som e imagem, porém a história é de fácil reconhecimento e de formas de nos fazer criar empatia com a protagonista, exceto a parte de ganhar a vida como sereia.

Nota: 3/5
Contato: naoparecemaseserio@gmail.com

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