Em uma das melhores animações do ano, Homem Aranha Através do Aranhaverso é sobre família, seu lugar no mundo e principalmente provar o seu valor. E ter mais 200 homens aranha tentando te impedir. Confira a crítica completa.

A nova aventura de Miles Morales, foi motivo de muita ansiedade pelos fãs, afinal ele não só trouxe um novo Homem Aranha para as telas, como em uma aventura multiversal com muitos personagens, em uma das melhores adaptações do personagem da Marvel, até agora.
A nova aventura que se passa poucos anos da aventura original, e esse tempo foi suficiente para estabelecer Miles como o homem aranha de seu mundo, e como o vigilante que tanto amamos, afinal é ótimo ver um herói que tem que salvar o mundo, e ter que se preocupar com escola, ou no caso dele, qual faculdade ele irá fazer.
E a visita de Gwen é o suficiente para aquela atmosfera anterior voltar, principalmente pela ótima dupla entre os dois. A química entre os dois cresceu, e agora novos elementos podem ser abordados com a nova idade de cada um. Se crianças se ligaram com os dois, agora adolescentes podem se conectar melhor a ambos, afinal entendemos em cada diálogo o que eles sentem.
Os diversos aranhas que estão neste esquadrão aranha comandado por Miguel O’ Hara (Homem Aranha 2099) além de ser diverso em personalidade, o longa dirigido pela mesma dupla de diretores, traz isso também para os traços dos personagens, como se cada um fosse feito individualmente, e sair de seu mundo mantivesse suas características (O Homem Aranha Punk, não me deixa mentir).
Como se fosse um episódio de What If, o longa estabelece os tais pontos cruciais na linha tempo, os eventos que devem ocorrer, como a morte de um personagem ou a picada de uma aranha radioativa. O longa aproveita isso para falar de destino e como as nossas escolhas interferem e não os eventos que passamos pela vida.
As participações são utilizadas para justamente desencadear estes eventos, e são tanto Homens Aranha em cena, tantos, que é difícil mensurar as participações que ocorrem, o que dá para dizer que eles não pouparam participações, e até mesmo os live actions do personagem estão de alguma forma representada nas cenas, principalmente na central onde todos se encontram.

Enquanto o primeiro foca na jornada de Miles e seu mentor Peter B. Parker, o longa aqui prioriza a jornada de Gwen, como a descoberta de seus poderes, sua relação com o Capitão Stacy, e seu mundo sem Peter. Inclusive, a melhor cena dramática é sua, com os melhores traços incluídos, seja na escolha de cores, ou pela transformação que a cena tem.
A vilania tem dois pontos importantes, seja pelo crescimento de Mancha, que aos poucos ganha sua consciência de classe, e como ele pode destruir Miles de um forma que causará danos permanentes, e Miguel, que não é um cara mau, mas para a manutenção da linha temporal, ele é imparável. E o longa também soube criar seus motivos em todos eles, mesmo com a diferença de tela, ambos contribuem para grande jornada que é este filme.
Se o primeiro nos fez nos apaixonar por Miles Morales, Spider-Gwen, Peter B. Parker, e tantos outros personagens, Homem Aranha Através do Aranhaverso é apenas a consagração deles e como um elemento grandioso na cultura pop.
Chega até dar raiva esperar um ano para a continuação.
Nota: 5/5
Contato: naoparecemaseserio@gmail.com
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