Confira a entrevista com Rafael Gomes, o diretor de ‘Música Para Morrer de Amor’
Leia abaixo a entrevista com o diretor Rafael Gomes, o diretor de ‘Música Para Morrer de Amor’, filme que estreia nas principais plataformas de streaming no dia 20 de agosto.
Confira a crítica de ‘Música Para Morrer de Amor’ neste link
NPMES: Quando você e a equipe percebe que a peça ‘dava um filme’?
Algumas coisas levaram para esta decisão, a devolutiva do público após cada espetáculo, percebi que havia uma ‘lacuna’ ali, a minha formação é mais voltada para o audiovisual, então eu apostei na ideia em 2015
NPMES: Como foi a construção do roteiro do filme, já que a peça lida diferente dos eventos que ocorrem com os protagonistas.
A parte mais gostosa da montagem do roteiro, foi da criação (Personificação) dos personagens que na peça são citados nos monólogos. A Isabella (Mayara Constantino) fala do ex-namorado na peça, mas cria-lo para o filme, onde ele passa a existir, foi a parte mais interessante de se trabalhar. (No filme, o ex-namorado Gabriel é protagonizado por Ícaro Silva).
Já a mais difícil foi a construção do tempo, já que a peça fala do passado dos protagonistas, já o longa fala do presente e futuro deles. Esse ‘balanceamento’ foi complicado de se pensar.
NPMES: Como foi a escolha do elenco que faria o filme? Já que alguns atores permaneceram e outros foram ‘trocados’.
Tínhamos que entender, que os personagens que iriam para o filme, não envelheceram, todos ainda tinham idade de vinte e poucos anos. Então o trabalho inicial foi perceber se os atores que estavam na peça poderiam fazer estes personagens, com a fidelidade necessária. O cinema pede isso. Com isso em mente, mantivemos a Mayara no papel da Isabela e o Victor Mendes no papel do Felipe, e trocamos o Fábio Lucindo pelo Caio Horowicz para o papel do Felipe.
NPMES: O filme é bem musical, com participações de Clarisse Falcão e Fafá de Belém, como foi pensado este elemento para o filme.
Todo o mérito deste elemento é de Marcus Preto (Diretor Musical dos filmes como ‘O Nome é Gal’ e ‘Meu Álbum de Amores’). Ele traz os músicos para ação, eles não são apenas ‘trilha musical’. A Clarisse está no filme, mas é como se ela fosse uma pessoa se apresentando no vão do MASP (Museu de arte de São Paulo) e a Fafá aparece como se fosse uma cantora amadora em um karaokê em São Paulo. Apenas o Nilton Nascimento é ‘ele mesmo’ no filme, essas participações adicionaram muito ao longa.
NPMES: E para encerrar e já agradecendo a entrevista, como será a nova peça, ela será uma sequência do filme ou trará novas informações para o público? Conta um pouco do novo projeto.
Bom, ao assistir ao filme (Que estreia nas principais plataformas no dia 20 de agosto), os protagonistas estão montando a peça ‘Música para Cortar os Pulsos’, com a diferença é que temos um quarto elemento, um dos personagens será o diretor, algo que não existia na peça ou produto original. A ideia, quando for possível é claro, é as pessoas verem o filme e caso se interessem, elas verão a montagem da peça neste novo espetáculo, é sim uma continuação direta.
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Entrevista feita e editada por Bruno Cunha
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