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| Sérgio | Crítica

Confira a crítica de ‘Sérgio’



Sérgio Viera de Melo é uma referência como diplomata na ONU, pórem um ataque na sede da organização em Bagdá (Iraque) interrompe sua vida. O filme de Greg Barker tem como objetivo mostrar os dois lados da vida de Sérgio, o diplomata e o ser humano.

Como o ataque é amplamente conhecido, o filme mostra o passado de Vieira, e retorna para o dia do ataque durante toda a sua narrativa, como se fosse aqueles momentos de reflexão antes da morte iminente.

Ter um trabalho como o dele, é abdicar de uma vida comum (Civil), e temos cenas que mostram essas falhas, com o intuito de mostrar que por mais que o protagonista tenha um trabalho memorável, ele tinha suas falhas.


Wagner Moura (Narcos) dá a Sérgio essas características em diversas cenas e imprime a quantidade camadas necessárias para um papel como este; este filme mostra principalmente sua versatilidade como ator, pois há arcos dramáticos, cenas cotidianas e as relações com a economista argentina Carolina Larierra (Ana de Armas)

Essa relação também mostra o lado que o ser humano precisa de alguém para dividir a carga diária, este papel coube a atriz Ana da Armas que faz a principal companheira de Sérgio e seu porto seguro nos momentos de crise nas missões. O longa seria mais completo se mostrasse a luta dela para justamente ter os direitos como esposa após o ataque.

O longa tem diversas características biográficas, e percebemos ao longa da história que ele fará uma abordagem mais incisiva a ONU justamente por expor seus enviados a situações de risco, e como ela mudou totalmente sua estratégia quando houve a morte de Sérgio em 2003. Esse ponto que seria a principal diferença de filme que abordam a organização, mas isso ficou ‘no ar’ sem ser abordado com a gravidade que era necessário.


Esse acaba sendo o principal problema de ‘Sérgio’, ele tinha a possibilidade de ser um filme diferente de simplesmente mostrar a trajetória de vida de uma pessoa, tendo as abordagens políticas e sociais como pano de fundo também, isso faria com que ele mudasse de classificação, ele sairia de uma filme comum, para um filme memorável.

O saldo claro é positivo, principalmente pelas interpretações, por ser bem feito e executado, mas ele tinha a capacidade de ir além da história de vida de Sérgio e trazer outras formas de se discutir a ação de órgãos como este, em crises humanitárias.

Nota: 3/5

Saldo: Filme bom, mas tinha potencial

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