Confira a crítica de Aves de Rapina
A Arlequina ou Harleen Frances Quinzel foi uma personagem que surgiu na animação Batman: Série Animada (1992-1995) indo depois para os quadrinhos onde seu relacionamento com o Coringa foi mostrado até a exaustão, fazendo que enfim ela entendesse o relacionamento abusivo, começando a viver de sem um lacaio do palhaço do crime.
A personagem carismática e presente nos corações de diversos fãs, fez sua estreia nos cinemas no enfadonho Esquadrão Suicida (2016), mas com o fracasso de bilheteria e crítica do longa, o estúdio sentiu a necessidade de mudança, pois a DC Comics/Warner errou mais que acertou até agora, então uma nova luz precisa ser dada, então que tal emancipar a protagonista e trazer novas personagens femininas que também precisam chutar bundas? Então somos apresentados as Aves de Rapina.
Temos aqui um grupo formado no caos, ou seja, uma união feita por uma necessidade em comum, Máscara Negra (Ewan McGregor) que tenta destruir cada mulher que está em seu caminho. Neste momento percebemos que enfim a produtora percebeu que cada personagem da DC Comics pode ser levado por um caminho. Temos um longa com boas cenas de ação e com um humor que respeita cada personalidade.
Elenco de Aves de Rapina
Foto: Warner Bros – Divulgação
O ponto de ignição para um caminho mais explosivo e colorido é justamente nossa protagonista querendo de deixar de ser a ‘namorada do Coringa’ e ser temida ou conhecida por seus próprios atos, chegando inclusive a narrar seus atos e quebrando a quarta parede diversas vezes, para justificar cada decisão que ela toma, afinal após um término difícil, quem nunca se afogou em bebidas, chorou até inchar os olhos e tentar se mostrar fortes aos outros. A única diferença é que nunca tentamos explodir nada nesse momento (Em teoria).
As companheiras de Arlequina tem um pouco tempo de tela para mostrar algo fora da curva, suas cenas são mais para introduzir as personagens e mostrar suas habilidades fora do comum, toda a narrativa é comandada por Quinn e seus atos, o grupo que foi tão veiculado em ações de marketing são secundários, agregam pouco a trama (Exceto nas cenas de ação que são muito legais)
O foco é tanto na protagonista que é até seu envolvimento com o vilão não é tão profundo, a sensação que se tem que o motivo de termos um vilão tão conhecido do universo do Batman é apenas a fagulha para unir o super grupo, não que isso seja desastroso, mas poderia ser algo mais significativo para até mesmo para justificar um nova união do grupo.
Cartaz Aves de Rapina
Foto: Warner Bros – Divulgação
As lutas mostradas pela diretora Cath Yan (Dead Pigs) fogem do que estamos acostumados em um filme deste gênero, não que seja ruim, mas percebemos em algumas cenas um tom um pouco mais violento, porém a coreografia das lutas respeita as habilidades de cada personagem, temos aqui uma Caçadora precisa com sua besta e uma Canário Negro que possui um estilo próprio de luta.
A narrativa como já dito, não é das melhores, mas os outros pontos, como boas de cenas de ação, uma fotografia que trouxe enfim mais luz e cor para Gotham City de uma forma que apenas as Aves de Rapina conseguem trazer.
E este filme consegue ser o mesmo ponto de virada para a personagem com foi nos quadrinhos, Arlequina agora não é um capanga, e sim uma mulher emancipada que sabe o quer e como conseguir. Essa emancipação inclusive traz uma nova luz para a personagem e para o universo da editora nos cinemas.
Nota: 3/5
Saldo: Filme que não consegue ser sério, mas diverte.
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