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| BGS 2019 | Testamos Project Resistance

Testamos Project Resistante na BGS 2019 e não ficamos felizes com o que vimos

O novo jogo dentro do universo da saga Resident Evil, estava disponível para testes nos estandes da Warner Bros. Games e da Microsoft nessa edição da BGS 2019. O Project REsistance, desenvolvido pela CAPCOM, traz uma experiência cooperativa de sobrevivência dentro do universo dos horrores da Umbrella Corporation. Porém, possui uma gameplay desbalanceada e, ao nosso ver, não condiz com o estilo que a franquia estava tentando resgatar com seus últimos títulos.

A demo jogável consistia em uma partida de cerca de 5 minutos, onde 4 sobreviventes – que acreditamos ser os novos protagonistas para esse jogo – lutavam para conseguir escapar de um local enquanto enfrentavam os desafios que o chamado Mastermind – o vilão – colocava em seu caminho. Desde Zumbis até armadilhas, os jogadores tinham uma grande dificuldade para passar pelas provas, mostrando ser necessário um trabalho equipe muito bem executado. Mesmo as habilidades especiais de cada um dos sobreviventes – como as skills de Hacker que uma das personagens possuía, que podia atrapalhar as ações tomadas pelo antagonista, como seu acesso a câmeras para monitorar o progresso do grupo de sobreviventes – não pareciam auxiliar os jogadores a conseguirem ganhar.

Por outro lado, a gameplay como Mastermind mostrou-se bem fácil e simples. Mesmo sem ter noção do que poderia fazer e de todas suas habilidades – como controlar zumbis, posicionar armadilhas, invocar Lickers e até mesmo colocar Mr.X na cara dos sobreviventes para eles enfrentarem – era possível impedir o sucesso dos outros quatro jogadores bem facilmente.

Mas além da gameplay que mostra necessidade de ser balanceada antes do lançamento, outro fator nos incomodou: o estilo do jogo não parece ser o ideal para a franquia. Essa mecânica de um ser superpoderoso contra personagens mais fracos que já vimos em jogos como Dead By Daylight, e até mesmo no Predator: Hunting Grounds, funcionam muito melhor na ambientação em que são colocadas. Já na franquia Resident Evil, parece fora de lugar. Conhecemos ela pelo seu fator de Survival Horror, com trilhas intensas, encontros assustadores, e uma gameplay apreensiva e desafiadora. Até os últimos lançamentos da saga pareciam estar resgatando tais características. Mas os elementos de frenesia de lutar contra um relógio, e enfrentar um ser que consegue controlar tudo aquilo que nos assusta há anos, acabam atrapalhando a imersão total com a jogatina.

O jogo ainda não tem data de lançamento prevista, o que nos leva a torcer para que a CAPCOM trabalhe nos pontos negativos do jogo, e possa oferecer uma experiência em seu lançamento que nos faça engolir nossas críticas, pois todos amamos a saga e queremos amar esse jogo também.

Texto: João Pedro Moro
Edição e Publicação: Bruno Cunha

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