Confira a crítica de O Filho do Homem
Os filmes baseados na bíblia sempre estarão presentes no cinema, afinal um filme sobre religião é bem aceito pelo público em geral, fora que estamos em um país religioso que costumar ir ao cinema para ver essas novas empreitadas. E o filme de Alexandre Machafer (O Abajour) foca em uma parte da história de Jesus, principalmente na Via Sacra (Momentos de Jesus antes da crucificação).
Fazer um filme com uma história tão conhecida principalmente pelos católicos, é uma missão ingrata, pois não há novidades ou formas diferentes de trazer esta história para a telona, então o diretor e equipe de montagem fazem o correto, montam uma ótima atmosfera técnica e visual como pano de fundo para ‘O Filho do Homem’.
O longa pode não trazer algo inovador quanto a narrativa, mas é exemplo de construção de um filme de época, há diversos detalhes nos cenários e os atores souberam entregar o que esperamos de seus personagens bíblicos.
Allan Ralph (Jesus) em cena
Foto: Juliana Mareli
O diretor sabe abordar toda a história com planos abertos para mostrar movimento e planos mais fechados focados nas performances; Estes planos mais fechados valorizam a interpretação principalmente de Allan Ralph (Jesus) e Fernanda Martinez (Maria).
O filme é seguro, não se arrisca, mas não se perde em nenhum momento, até as falas retiradas diretamente da Bíblia para não deixar dúvidas da base da história, não surpreende, mas não é insuficiente.
Outro destaque é a carga emocional nos momentos de crucificação, além da boa interpretação de Allan as trilhas utilizadas adicionam uma carga de empatia.
O problema do filme é balancear as linhas temporais criadas na narrativa, temos o nascimento de Jesus e o protagonista na Via Sacra, esse problema faz com que personagens se percam no restante do filme ou fiquem restritos a uma pequena cena ou ação, o que é ruim para boa fotografia e narrativa mostrada.
Allan Ralph (Jesus) em cena
Foto: Juliana Mareli
‘O Filho do Homem’ tem sim cenas pesadas, afinal estamos falando de uma pessoa que carrega uma cruz, é chicoteada e tem uma coroa de espinhos presa a cabeça, mas o balanceamento da violência dessas cenas é focado no simbolismo que cada uma tem e não no apelo violento, o diretor soube criar as atmosferas para cada momento da Via Sacra com ótimos resultados visuais.
O saldo do longa é positivo, é um filme bem feito, com boa fotografia, o problema talvez seja em trazer uma história já conhecida fazendo com que avaliamos apenas os aspectos técnicos e não a narrativa, se é o tipo de filme que você gosta, vale a visita ao cinema.
Nota: 3/5
Saldo: Filme bem montado de um assunto sério ou histórico.
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