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| Brinquedo Assassino | Crítica

Confira a crítica de Brinquedo Assassino



Às vezes temos a sensação que Hollywood e seus roteiristas estão ficando sem ideias, pois diversos remakes e reboots tem tomado forma e ganhando cada vez novos filmes, claro que isso não é totalmente ruim afinal temos franquias como Jurassic Park, Caça Fantasmas e até mesmo Star Wars sendo mostrados a novos públicos, porém o principal problema continua sendo ‘Era realmente necessário?” ou fãs mais tradicionais se perguntando os motivos de mexerem no seu filme favorito.

Dessa vez somos apresentados ao reboot de Brinquedo Assassino, ou filme do boneco Chucky, que começa novamente a contar a história do brinquedo endemoniado nos cinemas. O longa ignora toda a premissa do original de 1998, então nada de demônios possuindo o boneco. O que logo de cara pode incomodar os fãs mais tradicionais da franquia.

Chucky agora é um brinquedo com inteligência artificial, como a Cortana do Windows ou Alexa da Amazon, porém um erro grave de fabricação faz com ele não tivesse os diversos inibidores de comportamento e violência, e chega como presente a Andy (Gabriel Bateman) da mãe Karen (Aubrey Plaza).

Aubrey Plaza (Karen) e Gabriel Bateman (Andy) em cena
Foto: Divulgação – Imagem Filmes

O roteiro de David Katzenberg e Seth Grahame-Smith (Dupla de IT- A Coisa) acertam no update do personagem, faz sentido essa nova abordagem, mas erram no tom do filme deixando-o como como um terror adolescente se distanciando (E muito) do terror característico da franquia. Esta nova versão é com certeza o mais leve já feito com Chucky (Não que não haja sangue na tela e cenas duras, mas são nitidamente mais fracas que o original).

O reboot não possui nenhuma participação dos produtores e diretores anteriores, o que possui dois lados, o primeiro é que a franquia pode ser reinventada e trazer novos elementos e segundo, que você pode perder a essência do original. E isso ocorre em Chucky com ferocidade.

Isso é até bom, pois foge dos remakes recentes, como Cemitério Maldito (2019), que surpreendeu em poucos pontos, e consegue ser um filme mais descompromissado e seguro, podemos até dizer há elementos inéditos em todos os atos do filme; Reinvenção é a palavra de ordem neste filme.

Chucky (Dublagem de Mark Hamill) e Gabriel Bateman (Andy) em cena
Foto: Divulgação – Imagem Filmes

O principal problema de Brinquedo Assassino é esse, saber se distanciar do material original, mas ele não cativa, por exemplo, há cenas de mortes muito fortes, o que fez ele ter a classificação de 16 anos no Brasil e há mortes que parecem retiradas de Tudo Mundo em Pânico (2000), muito mais comédias do que terror em si.

Chucky até se sai bem ao ser comparado com seus amigos “rebootados”, mas infelizmente seu roteiro confuso e falta de escolha um gênero específico do terror ou thriller atrapalharam a nova empreitada na franquia no cinema.

Ps.: Indicamos o filme legendado, Mark Hamill (O Luke de Star Wars) faz um ótimo trabalho na voz de Chucky.


Nota: 2/5

Saldo: Sabe quando o filme parece que vai mudar o jogo no começo, mas ele vai se perdendo, deixando de ser sério aos poucos? Esse filme tem muito disso.

Contato: naoparecemaseserio@gmail.com

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