Confira a crítica de Rocketman
Depois de vermos 15 minutos de Rocketman em um evento da Paramount Pictures, assistimos enfim a cinebiografia de Elton John incorporada pelo ator Taron Egerton (Kingsman) e nos primeiros 5 minutos de longa percebemos os motivos deste filme destoar das cinebiografias atuais.
Reginald Kenneth Dwight era apenas mais um músico tentando buscar seu espaço, tentando mostrar seu talento e percebemos no primeiro ato do filme que Reginald tem talento sempre foi um excelente músico, mas devido a excessos não tinha alcançado o estrelato.
O filme foca nas partes boas e ruins da vida de Elton, chegando até mesmo a misturar tudo isso. E é nessa hora que percebemos o brilhantismo de Taron Egerton, ele faz ótimos arcos dramáticos, tem bons alívios cômicos e se envolve muito bem cada cena. Neste filme ele foi muito exigido e correspondeu.
Taron Egerton com Elton John em cena
Foto: Divulgação – Paramount Pictures
Taron inclusive impressiona na parte musical, ele canta não tentando emular a voz de Elton (Mesmo que algumas cenas mostrem verossimilhança), ele canta no seu ritmo e no seu tom de voz. E ele encanta.
As músicas aqui são usadas como o ponto de virada dos arcos, levando a história, o bom roteiro de Lee Hall (Billy Elliot) usa as músicas são só pra entender, mas ajudam a contar a história e as transformações de Elton por toda a sua carreira.
O filme tem todos os elementos de um musical clássico, onde há diversas coreografias e interações com a plateia, de uma forma fantástica e muito bem executada. De encher os olhos, a parte técnica de Rocketman é soberba.
Jamie Bell e Taron Egerton em cena
Foto: Divulgação – Paramount Pictures
Os figurinos e óculos de Elton também tem seus momentos de brilhantismo e nesta história são usadas para mostrar o desenvolvimento da persona. Conforme o filme avança vamos entendendo a mudança e percebemos que esse é um caminho de transformação.
O elenco secundário é bem utilizado, mesmo que estereotipado em alguns momentos, temos o empresário que visa o lucro (Richard Madden), o pai (Steven Mackintosh) que não cria laços com o filho devido a escolhas de Elton ao longa da vida e o parceiro (Jamie Bell) presente nos bons e maus momentos, mas suas cenas movem e afetam a narrativa.
Rocketman tem um saldo positivo e espanta qualquer problema que se imaginava em uma cinebiografia com o biografado presente em diverso pontos fora das câmeras. Temos aqui um filme que reúne cenas épicas, boas músicas e uma excelente história.
Nota: 4/5
Saldo: Filme que se leva a sério


