Confira a crítica de Mormaço
Neste filme nacional conhecemos a história de Ana (Marina Provenzzano) uma defensora pública que está com a causa dos moradores da Vila Autódromo (Rio de Janeiro) que são retirados das suas casas por desapropriações para realização de obras para a Olimpíadas de 2016.
O primeiro ato do longa é focado em apresentar os fatos e descobrimos que Ana também está mesma situação, o prédio que mora também será desapropriado pelo mesmo evento. Então a união de Ana com os moradores é maior do que se imagina. Essa construção da história é muito interessante.
A história é focada na jornada de Ana, os personagens secundários são apenas angariar informações e ajudar na narrativa, então é difícil colocar um exemplo de atuação. A personagem de Marina carrega toda a narrativa, a nossa sorte como espectador é que a história contada aqui é dentro do que se espera.
Marina Provenzzano (Ana) em cena
Foto: Divulgação – Vitrine Filmes
A diretora Marina Meliande (A Alegria) foca na realidade e na história contada aqui, nos atos finais há algumas analogias referentes a stress e como a nossa vida fica alterada dependendo de como lidamos com estes problemas. As escolhas feitas em Mormaço são questionáveis, não no sentido se são boas ou ruins, mas no sentido que estas escolhas podem agradar ou não parte do público que assiste a história.
O filme lida bem com as histórias cotidianas e traz uma narrativa pautada no real sem exageros ou grandes efeitos, então não espere uma história fantástica e sim uma narrativa dentro do esperado sem grandes surpresas em seu início.
Famílias que são retiradas de suas casa em Mormaço
Foto: Divulgação – Vitrine Filmes
O fato de abordar algo que realmente aconteceu no Rio de Janeiro, mostra como diferentes esferas de poder lidam com o mesmo problema, os poderosos pensam em lucro, dinheiro e na obra em si, já os menos favorecidos ficam a mercê destas pessoas e muitas vezes são forçados a tomar decisões que são injustas.
Então temos aqui um bom filme sem grandes reviravoltas que vale a visita ao cinema justamente por isso, mostrar a realidade de uma forma compreensível e dentro do que espera.


