Confira a crítica de Bio
Somos apresentado um documentário de um famoso biólogo (Que permanece incógnito do começo ao fim do filme) Com todos os aspectos de documentário que esperamos, pelo menos até a primeira virada de roteiro.
Ao assistir Bio esperamos uma linguagem linear onde iremos acompanhar o biografado em todas as fases da vida, com depoimentos de pais, esposa e filhos explicando suas realizações para uma câmera fixa. A nossa sorte é que o diretor Carlos Gerbase subverte tudo e temos aqui uma história que mistura biografia com ficção científica (E um pouco de ácido em algumas cenas).
O filme também tem uma superlotação de personagens, são 39 atores (E meio, se formos criteriosos) que aparecem durante todo o longa, mas a montagem final de Gerbase consegue trazer quase o mesmo tempo de tela ou depoimento se preferir para a câmera. Todos têm seu momento bem colocado, o árduo trabalho pra fazer isso compensa, a divisão é clara e bem distribuída. O único problema é que não gera nenhum protagonismo, a atriz Maria Fernanda que está em diversos materiais de divulgação é apenas mais um rosto em inúmeras participações.
Marco Ricca em cena de Bio
Foto: Divulgação
O roteiro aproveita bem os 39 rostos e todos seus depoimentos são essenciais a história contada agregando muito a narração de toda a vida do biografado, não que o filme seja muito detalhista ou precisa da atenção do espectador o tempo inteiro, a história contada tem pitadas ácidas (pela viagem causada) mas não é complexa.
Ao ler o nome “Bio” automaticamente nos ligamos a matéria Biologia e se a história contada trará elementos biológicos reais a narrativa e o filme entrega isso, pode respirar aliviado, diversas teorias de origem da vida que aparecem na história são reais, por mais estranhas que pareçam. A parte biológica é respeitada e está muito ligada a história contada na telona.
Maria Fernanda Cândido
Foto: Divulgação
O filme pode não ter uma grande filmagem por se moldar a um tipo documentário, mas ele entrega uma ótima montagem, como já dito e as viradas de roteiro são o que prendem o espectador na história e tiram qualquer tédio que uma história desse porte pode trazer.
Bio foge do que estamos acostumados no cinema, principalmente se pensarmos na maré de comédia que tem inundado o cinema nacional. O filme aqui apresentado foge de todos os padrões, por se apoiar em diversos gêneros durante sua história, mas por trazer uma história simples e de fácil compreensão atrai tanto um público que gosta deste gênero ou quem gosta de filme diferente (Pra não dizer alternativo) pra ver no cinema.


