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| O Último Trago | Crítica

Confira a crítica de O Último Trago


O Último Trago marca infelizmente o fim da Alumbramento Filmes, um coletivo de amigos cearense que trazia um cinema nordestino muito específico, suas obras são recheadas de misticismo, bruxas e até mesmo atividades paranormais. Então iremos acompanhar a última obra do quarteto.

E como eles souberam encerrar esse ciclo com o nível alto, o longa venceu em três categorias no festival de Brasília e chega finalmente ao circuito comercial. Um filme que mostra principalmente uma ponte entre extremos, intolerância e como já dito misticismo.

O longa mesmo como uma temática mais indígena dialoga perfeitamente com o cenário político atual, percebemos vendo o filme as diversas nuances presentes nas últimas eleições principalmente a polarização de opiniões entre os eleitores. O filme aborda isso, mas está em segundo plano, o espectador mais atento perceberá.



A coragem em abordar temas como extermínio indígena, feminicídio institucionalizado e racismo ao mesmo tempo, alicerçam o filme e aborda cada tema como deve ser, mostrando o certo do errado de uma forma segura e sem margem para uma segunda interpretação.

O Último Trago tem a marca da Alumbramento como resistência dessas lutas em signos a serem trabalhados no registro de fábulas naturalistas, misturando a um só tempo o horror da realidade dura e inconsequente e decisões dos personagens.

A fotografia do longa é magistral, principalmente por deixar claro para o espectador quando acada informação ocorre, basta o mesmo juntar as peças pós exibição. Ivo Lopes Araújo (Greta) faz novamente um trabalho impecável atrás das câmeras.

O longa é uma ótima pedida pro espectador que gosta de assistir filmes fora do circuito e além disso gostar de uma boa história. O Último Trago é um ótimo filme para você.

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