Documentário “Diários de Classe” discute a educação de mulheres invisibilizadas pelo sistema.
“Diários de Classe” acompanha o cotidiano de três mulheres – uma jovem trans, uma mãe encarcerada e uma empregada doméstica –, estudantes de centros de alfabetização para adultos em Salvador. Embora trilhem caminhos distintos, suas trajetórias coincidem nos preconceitos e injustiças sofridos cotidianamente. O documentário em estilo direto aposta no recorte espacial da sala de aula a fim de se aprofundar no dia a dia dessas personagens, revelando suas tentativas diárias de contornar o apagamento sistemático de suas existências.
Neste ponto, o filme levanta uma reflexão urgente diante das recentes Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação, uma vez que se prevê a realização de até 20% da carga horária do Ensino Médio na modalidade de Educação à Distância (EaD) e, no caso da Educação para Jovens e Adultos (EJA), essas escolas onde o filme se passa, se permite que até 80% do curso seja extra-presencial. Isto é, praticamente se extingue os encontros presenciais e provocadores também responsáveis pela formação crítico sobre a realidade que esses alunos das EJA’s estão inseridos. Confira o trailer abaixo.
O filme participou do 50º Festival de Brasília, 2º Mostra de Cinema Contemporâneo do Nordeste, 7º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba e é a segunda vez que os diretores trabalham junto em uma produção, sendo a primeira o curta de animação “Entroncamento” (2015).
Com produção da Lanterninha Produções e distribuição da Elo Company, “Diários de Classe” estreia dia 07 de março em 20 salas de 19 cidades do país pelo Projeta às 7, parceria da distribuidora com a Cinemark que abre uma nova janela para o cinema nacional.
