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| Meu Querido Filho | Crítica

Confira a crítica de Meu Querido Filho

Na Tunísia atual, o filme retrata a família de Riadh (Mohamed Dhrif), um homem que está prestes a se aposentar. Ele e a esposa, Nazli (Mouna Mejri), têm as atenções voltadas para o único filho, Sami (Zakaria Ben Ayyed), que está se preparando para os exames do ensino médio. Mas as rotineiras crises de enxaqueca do jovem deixam o casal sempre em alerta. Quando tudo parece estar melhor, Sami desaparece de repente.

O filme é um drama familiar, fica claro desde seu primeiro ato, que toda a história será centrada nos três que sua rotina serão os andamentos do filme e que os personagens coadjuvantes são apenas alívios pra descanso de pensamento e olhar. O foco é o trio.

Nazli (Mouna Mejri), Sami (Zakaria Ben Ayyed) e Riadh (Mohamed Dhrif) em cena
Foto: Divulgação – Pandora Filmes

No desaparecimento de Sami, o roteiro de Mohamed Bem Attia (A Amante) que também dirige o longa, começa a ir para caminhos naturais e até mesmo esperados, afinal que pai não tentaria um busca improvável pelo filho, pois seu desaparecimento consome seu dia e relações, mas é depois desta parte “mais natural” que O Meu Querido Filho se transforma, o que pode levar você a amar ou odiar o filme.

A principal lição do longa nos seus atos finais é aceitação, os pais tentam a todo custo mudar a situação em que vivem e trazer o filho de volta pra casa, mas eu momento do filme, talvez o mais duro e angustiante de todo ele, as vidas do casal devem prosseguir, por que não há nada o que pode ser feito.

Mohamed leva seu longa a lugares arriscados, por isso ele recebeu diversas críticas diferentes pelo mundo, suas escolhas não são usuais em diversas partes do filme, sejam pela cultura mostrada que é diferente ou por escolhas dos próprios personagens.

Riadh (Mohamed Dhrif) em cena
Foto: Divulgação – Pandora Filmes

As atuações estão dentro do esperado para um drama, mas a atuação do pai de família, Riadh (Mohamed Dhrif) é primordial para o andamento do longa e são graças as suas mudanças que temos a impressão por onde o filme irá caminhar, ele transporta bem as emoções, sem grandes exageros ou melodramáticas demais.

Meu Querido Filho vale a visita ao cinema, mas fique preparado(a) para uma história intrigante e desafiadora e se pergunte ao final do filme se as decisões tomadas fazem sentido pra você, seja como filho, marido, mãe ou amigo bem próximo.

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