Confira a crítica de A Mata Negra
Rodrigo Aragão têm se tornado uma referência no terror nacional, primeiro por trazer filmes densos com um bom roteiro e segundo por conseguir trazer a atmosfera necessária para um filme deste gênero, levando o espectador pra dentro do filme, evocando nele todos os sentimentos que se espera em um filme de terror.
A Mata Negra conta a história de Clara (Carol Aragão) que tem sua vida mudada ao encontrar o livro perdido de Cipriano, cuja magia sombria, dá poder e riqueza a seu portador, porém liberta em troca uma grande maldição sobre a terra.
Foto: Carol Aragão (Clara) em cena
O primeiro ato do filme serve justamente pra isso, mostrar como Clara adquiri o livro e inicialmente não percebe suas implicações e a como a vida dela muda quando ela começa a utilizar o livro e que seus atos com ele geram consequências, que vamos sabendo conforme o filme ganha ritmo.
As locações de A Mata Negra dão o filme o aspecto necessário pra ajudar a estabelecer o tom necessário e facilitar diversos entendimentos ao espectador, o que parece ter sido o grande desafio do filme em filmar nestas locações e realiza-lo quase em sua totalidade nestes locais trazem um resultado interessante ao longa.
O roteiro tem algumas saídas simples, algumas devido a simplicidade dos personagens apresentados, estamos falando de uma pequena comunidade imersa em uma floresta, com costumes e vida simples, então isso não gera grandes diálogos, mas dão a história o ritmo necessário pra o foco seja nas cenas de terror e até mesmo suspense.
As atuações são bem distintas nesse filme, porque temos aqui personagens também distintos, o que reflete em ações diferentes, Carol traz a Clara toda a simplicidade necessária e se entrega nas cenas intensas do filme, Jackson Antunes traz ao seu personagem o líder religioso Francisco das Graças, todas as nuances necessárias para um personagem com aquela dupla personalidade que um personagem deste tipo pede, e como Jackson sabe fazer este tipo de personagem com maestria, o Francisco é dos pontos altos do filme.
Foto: Jackson Antunes e Mayra Alarcón em cena
Uma das características da direção de Rodrigo é que ele se envolve na produção, nos efeitos e montagem de cenários, essa capacidade de ser multitarefa traz o filme muita proximidade, temos diversos takes com a câmera bem próxima dos rostos dos atores pra capturar o máximo de emoção e ajudar o espectador a sentir medo, então você está seguro pensando que nada que ocorre na tela é real, até ver a rosto de medo feito pelo casal protagonizado por Francisco Gaspar (José) e Maria (Clarissa Pinheiro).
A maquiagem também merece seu destaque, um dos personagens, que leva 5 horas para realizar toda a sua montagem, é com certeza um dos grandes momentos do filme, Leonardo Magalhães se entrega ao personagem e dá o tom necessário pra história inteira, aquele típico personagem de filme de terror que entra em cena, você já sabe que tudo irá terminar mal pra alguém.
Foto: O demônio Nefastus (Leonardo Magalhães) e diretor Rodrigo Aragão
A Mata Negra tem uma história simples, mas muito bem feita e executada, traz todos os elementos de terror esperados e conta uma ótima história e te deixará com vontade de dormir com a luz acesa, por isso aproveita que o filme está no projeto do Cinemark para filmes nacionais, o projeto “Projeta às Sete”, que traz filmes nacionais a preços promocionais em sessões especiais e únicas. Vá ver, mas se respire fundo antes de começar a exibição.




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