Confira a crítica de O Quebra Nozes e os Quatro Reinos
Desde o seu primeiro material de marketing e pôster, percebia-se que o novo live-action da Disney, O Quebra Nozes e os Quatro Reinos seria focado na magia e no entretenimento, que a parte mágica tomaria conta e não teríamos aqui uma história dramática que história merece, e foi o que recebemos.
O roteiro utiliza a história baseada no conto de E. T. A. Hoffmann e no balé musicado por Tchaikovsky, mas ele é totalmente focado em estratégias simplistas com o intuito de fazer a história ganhar ritmos desde o começo, o que é interessante pois ajuda a não carregar o filme, mas ao mesmo tempo não aprofunda os personagens apresentados.
A única personagem que tem uma história de fundo e consegue criar empatia com o espectador é Clara (Mackenzie Foy) que faz a jovem que perde a mãe e descobre ter a chave dos Quatro Reinos e que deve uni-los novamente.
O filme pode não ter o melhor roteiro, mas com certeza tem o melhor visual e figurinos apresentados pela Disney em seus live-action, a parte técnica de Quebra-Nozes é precisa e abrilhanta toda a narrativa, o 3D é imersivo e em planos abertos contribuem com o bom visual mostrado.
Essa diferença entre a parte técnica e o roteiro é com certeza o grande problema do longa, personagens com caracterização incrível como Sugar Plum (Keira Knightley) e Mother Ginger (Helen Mirren) não são aproveitadas em sua totalidade deixando um filme que poderia ser acima da média muito abaixo do que se espera.
O filme se leva a sério apenas em sua parte técnica, com uma história simples, o que vale a visita ao cinema pelas crianças e adultos que querem apenas um passatempo, pois O Quebra Nozes tem dificuldade de acertar diversas faixas etárias por causa de suas escolhas.
Sabe quando você assiste um filme e percebe que ele podia ser maior? O Quebra Nozes e os Quatro Reinos deixa essa sensação.
