Crítica – Warcraft: O primeiro encontro entre dois mundos
O game World of Warcraft ganha sua versão para o cinema dando início a uma nova leva de filmes baseados em games.
Antes de começar a discutir sobre o filme, preciso dar algumas informações pessoas, tenho 27 anos, sendo que desde os 16 jogo WoW, então quando confirmaram a versão para o cinemas, o nerd aqui, ficou extremamente feliz. O motivo de meu amor por Warcraft é simples. Neste game você é um peão, você joga pelo bem da Aliança ou da Horda, sem ser o personagem principal. Bom agora vamos ao que interessa.
O filme tem a direção e roteiro de Duncan Jones (Lunar / Contra o Tempo) jogador assumido de WoW, o que faz diferença em toda trama apresentada, os detalhes apresentados, os cenários, as personalidades, os personagens é fiel ao game. Há algumas alterações claro, como as armaduras não serem tão coloridas e grandes, mas nenhuma alteração apresentada, atrapalha a experiência.
O filme gira entorno da guerra entre Aliança e Horda, do lado da aliança temos Lothar (Travis Fimmel) e da Horda, o orc Durotan (Toby Kebbell), os lados são bem definidos, com seus objetivos bem colocados, um quer conquistar, o outro proteger seu reino. Do jeito que um jogador é apresentado ao game, escolha um lado e torça por ele.
A Blizzard, empresa responsável pelo game, recusou diversos roteiros para adaptação do game, apenas quando o roteiro de Duncan chegou, a empresa “comprou a idéia”, percebe-se isso durante todo o filme, há cenas que parecem as cutscenes famosas da empresa e outros ângulos parecem retirados da tela de um algum jogador durante a batalha, quando você observa o avanço do seu exercito por cima.
Warcraft é denso e coerente, consegue transportar o espectador a Azeroth, Vileza e todos os outros lugares apresentados, o visual de todos esses lugares é impecável, feito com maestria, até mesmo momentos de magia são bem executados e ficam perfeitos e combinam com o resultado apresentado no game.
O filme tem algumas falhas, como as várias tentativas de criar um arco dramático, o excesso de informações sobre os reinos, nomes de personagens e informações gerais, porém esses problemas não atrapalham o filme, se você nunca jogou o game, mas gosta de filme com uma pegada de fantasia, estilo Senhor dos Anéis e Hobbit vai gostar do filme e talvez pense “Acho que vou jogar para conhecer um pouco mais da história”.
Warcraft tem uma missão ingrata, tentar mostrar que um filme sobre um jogo pode ser bom, afinal temos mais filmes ruins do que bons, inclusive em 2016 teremos três filme sobre esse tema (Angry Birds, Warcraft e Assassins Creed). Os dois primeiros conseguiram se destacar, claro que Angry Birds tem uma pegada mais simples e infantil, destoando de Warcraft, mas ambos cumpriram sua missão, deixando o trabalho do grupo responsável por Assassins com a viada um pouco mais complicada, mas vamos pensar positivo.
Warcraft é longe de um filme perfeito, mas o resultado apresentado é acima da média e construído perfeitamente, deixando os amantes do game felizes e pode sim, conseguir novos adeptos a sua filosofia, então vá assistir ao filme e decida se no final, você gritará pela Aliança ou pela Horda.
